quarta-feira, 31 de março de 2010

Marketing Esportivo - Todo cuidado é pouco!

"O marketing esportivo é a utilização do esporte como ferramenta para atingir o público-alvo. É a aplicação dos princípios do marketing (serviços, pessoas, lugares,ideias) à indústria do esporte", segundo Cesar Augusto Sbrighi, especialista no assunto. Também pode-se dizer que é uma estratégia, dentro de um planejamento, que se utiliza do esporte para, assim, atingir seus objetivos.

Entender o esporte como negócio e colocá-lo em prática é algo em que se deve ter muita cautela, inclusive quando se trata de Brasil, país em que o esporte movimenta 3% do Produto Interno Bruto, e que, anualmente, são vendidos mais de 85 milhões de pares de tênis e 6 milhões de bolas de futebol. O fenômeno cultural também se dá ao luxo de ter empregado, de acordo com dados recentes, mais de 300 mil pessoas e fazer girar um montante de R$25 bilhões/ano, uma receita que, convenhamos, é bastante respeitável.
Bilhões de pessoas em todo o planeta auxiliam a movimentar outros bilhões de dólares através do consumo de serviços/produtos vinculados ao assunto. É um fenômeno que move e envolve todas as classes sociais, raças ou credos, sem qualquer discriminação.

Por incrível que pareça, o mercado ainda continua muito amplo, embora concorrido.



Com todas estas qualidades, é difícil acreditar que existam restrições quanto ao tema. Mas existem! assim como tudo na vida, o marketing esportivo também é exigente e tem seu lado negativo se não conduzido cuidadosamente, nos mínimos detalhes.
Todo cuidado é realmente pouco quando se trata de paixão, política e sentimentos.
Um exemplo típico e recente de risco no marketing esportivo aconteceu em Pequim, nos Jogos Olímpicos de 2008. Como é de costume e tradição, a tocha olímpica sai de Atenas e "visita" o mundo todo, até chegar em sua cidade sede. Entretanto, a China, país comunista, possui graves problemas políticos com o Tibet e, assim sendo, muitos países por onde passou a tocha eram contra a China, originando sérios protestos. Diante disso, patrocinadores máximos como a Coca-Cola e Samsung deixaram de agregar suas marcas às Olimpíadas daquele ano, mesmo sendo o maior evento esportivo do mundo. A imagem de um investidor pode ser facilmente devastada em poucos segundos.

E é por essas e outras que vale à pena reiterar: todo cuidado é pouco!